INSPIRANDO MULHERES EMPRENDEDORAS

Resumo abrangente do episódio

Origem do IME: 

Luciana explica como o Inspirando Mulheres Empreendedoras começou como uma celebração pessoal e se expandiu para um movimento global, focando no empreendedorismo feminino colaborativo.

Pilares do IME: 

Destaque para os três pilares fundamentais: conexão, capacitação e inspiração, que orientam as atividades do IME para apoiar mulheres empreendedoras.

Casos de Sucesso: 

Luciana compartilha histórias emocionantes de mulheres que superaram obstáculos e alcançaram sucesso em seus empreendimentos, inspirando a audiência.

A Força do Movimento: 

Luciana enfatiza a importância do movimento - tanto físico quanto profissional - como um elemento chave para o crescimento e a inovação.

Recomendações Literárias: 

Luciana sugere livros que moldaram sua visão sobre empreendedorismo e liderança feminina, oferecendo insights valiosos para a audiência.

Empreendedorismo e Narrativas: 

Reflexão sobre como o empreendedorismo permite construir histórias pessoais e comunitárias significativas, impactando positivamente a sociedade.

Descrição completa do episódio


Sonhadores e fazedores, este é o Podbrand, podcast sobre design, estratégia e inovação.


Sou Maurício Medeiros, consultor em design estratégico e gestão de marcas, mentor e autor do livro Árvore da Marca, Simplificando o Branding.


Em 2024, celebramos uma ocasião marcante, os 99 anos do movimento Art Deco, uma força estética que revolucionou o design e a arquitetura.


O Podbrand, alinhado com os princípios de inovação e elegância que caracterizam o Art Deco, presta homenagem a este movimento que transcendeu o tempo, influenciando a forma como percebemos e criamos beleza, deixando um legado que continua a inspirar o design contemporâneo, refletindo a nossa paixão por formas que combinam funcionalidade com o toque de magia, moldando assim o futuro do design e da inovação.


O tema de hoje é Inspirando Mulheres Empreendedoras, também conhecido pelo acrônimo IMI.


A convidada é Luciana Mitri, ela é a idealizadora deste projeto, uma ação de empreendedorismo feminino colaborativo, com impacto no ecossistema de negócios e desenvolvimento da sociedade em que está inserido.


Visa estimular o autoconhecimento e a criatividade para a busca de soluções de questões sociais e econômicas.


A iniciativa já impactou 20 mil mulheres e 350 palestrantes convidados em cinco programas realizados no Brasil e tantos outros no exterior.


Luciana, seja muito bem-vinda.


Bom dia, Maurício.


Obrigada pelo convite.


Estou amando estar aqui com você, discutindo esse tema que é tão importante.


Você estava falando agora um pouquinho sobre arte de cor, e eu comecei, obviamente, a fazer algumas ligações com o empreendedorismo feminino, que daqui a pouquinho a gente vai falar sobre isso.


Excelente.


Luciana, eu é que agradeço a aceitação do convite.


Uma alegria te ter hoje no Podbrand, neste que é o primeiro episódio de 2024.


Entrando no tema, no mundo de empreendedorismo, cada jornada começa com um passo, muitas vezes, inspirado por outras pessoas.


Como a busca por mulheres inspiradoras para a sua própria jornada resultou na criação do IME?


E se você poderia ainda compartilhar conosco um momento em que percebeu que isso poderia se transformar em algo maior?


Esse ano de 2024, o Inspirando Mulheres Empreendedoras está comemorando cinco anos de existência.


O Inspirando não tinha pretensão nenhuma de ser um movimento e nem de continuar.


Ele começou com um programa de mulheres, porque eu, na minha empresa, eu tinha uma empresa que organizava cursos no exterior para grandes empresas, como Epiranga, Honda, Volkswagen.


E no ano que a minha empresa fez 40 anos, a minha vida pessoal estava passando por um momento de mudança.


Então, eu quis fazer a comemoração dos 40 anos da empresa e também era uma questão muito pessoal.


Eu nunca tinha feito um programa só para mulheres.


E eu tinha ficado viúva naquele ano.


E foi, para mim, o ter ficado viúva foi um momento de grande transformação na minha vida.


Porque eu fiquei viúva do meu primeiro namorado.


Eu comecei a namorar com 14 anos, então a gente teve uma história juntos.


Então, era como se eu estivesse começando a viver de novo.


E aí, eu fiz o Inspirando justamente para me inspirar e para eu entender como é que as mulheres empreendiam.


Uma coisa era eu estar sempre junto com uma figura masculina.


Você é gaúcho também, não é isso?


Sim.


Você sabe como é a nossa cultura no Rio Grande do Sul.


O patriarcado é o mais comum.


Então, eu sou filha de um fazendeiro muito forte, que casei muito cedo, junto com o meu marido.


Então, aquele protagonismo sempre foi masculino.


Quando eu decidi criar o Inspirando Mulheres Empreendedoras, foi para fazer um programa para a gente analisar como as mulheres se posicionavam como protagonistas.


Eu queria entender quem eram essas mulheres e como é que elas faziam.


Porque isso sempre existiu.


E aí, depois, eu quero até voltar um pouquinho sobre a história do nosso Estado.


Se você prestar atenção, as mulheres eram extremamente empreendedoras.


Porque os maridos iam para o campo, mas as mulheres vendiam, trocavam os ovos, vendiam o queijo.


Elas empreendiam no dia a dia.


Enfim, e o Inspirando começou a partir de um único programa, que ia ser essa celebração dos 40 anos.


E não parou mais, porque uma das coisas que a gente percebeu nesse programa, onde a gente foi para Portugal, ele já começou...


Eu sempre trabalhei com programas internacionais, então eu montei esse programa na Europa.


E o que a gente observou, enquanto grupo de mulheres, é que aquele engajamento, aquele olhar feminino, ele foi muito poderoso.


Tem uma palavra que eu amo, que se chama potência.


Tinha uma potência, aquele encontro, incrível.


E quando terminou, as mulheres pediram para que a gente continuasse, que tivéssemos o Inspirando Mulheres Empreendedoras 2.


E juntas, a gente decidiu qual era o tema.


Isso foi em 2019.


Qual era o tema que a gente estava precisando trabalhar um pouco, como empreendedoras.


E a gente percebeu que a gente queria falar sobre...


Estava muito forte essa questão das experiências, essa questão da diferenciação, do atendimento, né?


E a gente queria falar sobre o luxo.


Então, saímos de Portugal, seis meses depois, nós fomos para os Emirados, fizemos um curso sobre o luxo, na Sorbonne, de Abu Dhabi, e fomos ver como as mulheres emirates empreendiam.


E foi incrível, né?


Incrível, porque a gente começa a mudar completamente os nossos conceitos.


E aí não deu para parar mais.


Na verdade, a gente deu uma paradinha em 2020, porque quando a gente voltou de Dubai, nós voltamos em plena pandemia.


Voltamos no último voo da Emirates.


E logo já começou o lockdown no Brasil e no mundo.


E depois a gente continua hoje.


Nós já fizemos dez edições internacionais e já fizemos seis nacionais.


Eu não te atualizei direito, eu fiz o cálculo quando você estava falando.


E esse ano de 2024, nós vamos fazer quatro edições internacionais.


Nós vamos para quatro países diferentes.


Vou deixar você me perguntar, que eu sei que você quer saber o que a gente faz.


Eu vou esperar, senão eu fico falando.


Certamente, certamente.


A base de qualquer estrutura forte são os seus pilares.


No caso do Inspirando Mulheres e Empreendedora, esses pilares são conexão, capacitação e inspiração.


Gostaríamos de saber como esses elementos se entrelaçam para fortalecer o empreendedorismo feminino e quais impactos ele tem gerado.


A gente usa esses três pilares e a gente já começou, em cima desses pilares, a trabalhar um pouquinho o que a gente queria com esses pilares.


Na questão da conexão, a gente observou que mais importante do que o networking, nós trabalhamos o netweaving.


Por que isso?


Porque o networking, e aí você sabe disso, você conhece, no mercado nós temos vários grupos que se encontram e cada um se apresenta em três segundos e fala sua profissão, fala o que faz, fala seu endereço.


No meu ponto de vista, isso não traz uma conexão profunda.


Então a gente trabalha muito no Inspirando, no netweaver, que a gente tem uma rede de conexão, onde a gente realmente, uma auxilia a outra, independente daquela conexão, ter algum vínculo de trabalho comigo.


Não é só sobre trabalho, é sobre se conectar e se inspirar.


Então elas são interligadas, tanto a conexão quanto a capacitação.


E aí a capacitação, eu sempre brinco, a gente não é Tebrae, a gente não é a universidade, porque a gente tem muita gente boa fazendo coisas fantásticas e a gente não tem a pretensão de competir com ninguém.


Então a gente trabalha a capacitação através das experiências.


Então tô louca que você me convidou pra ir pra Bangkok, tá?


Pra gente levar o grupo.


Fazer um evento lá.


Exato, porque uma coisa é você me contar qual é a realidade.


Outra coisa sou eu olhar, com o meu olhar, com o meu mapa de mundo, porque eu tenho experiências de vida diferentes da sua.


E eu vou fazer um olhar completamente diferente.


Então quando eu viajo, geralmente eu viajo com em torno de 40 mulheres, e é impressionante, porque são 40 olhares diferentes.


São mulheres de várias empresas, que fazem produtos completamente diferenciados.


E nesse momento que a gente tá ali, a gente tá olhando de formas diversas.


Isso é incrível, porque quando a gente termina, a gente disse, você viu isso, agora dá pra fazer.


E a gente volta completamente inspirada.


E querendo fazer coisas novas.


Então o conectar, o capacitar e o inspirar, eles fazem parte da criação de novos negócios.


Se não sair negócio, pelo menos volta uma pessoa completamente transformada como ser humano, sem dúvida nenhuma.


E a realidade e a experiência das outras pessoas, elas são inspiradoras, né?


Sempre tem um aprendizado que, de alguma maneira, a gente pode traduzir pra nossa realidade e aplicar.


Colocar em prática.


Expandir um projeto, além das fronteiras do próprio país de origem, ele traz consigo uma série de desafios, mas também oportunidades.


O IME expandiu-se pra várias partes do mundo.


Você mencionou Dubai.


Quais foram os desafios...


China, Índia.


Ah, muito bem.


Quais foram os desafios e oportunidades criados ao adaptar o programa em diferentes culturas e mercados?


E ainda, qual é a programação do IME no exterior que já está confirmada para os próximos meses?


Quando a gente sai da nossa rotina, do nosso habitat, daquela vida cotidiana, que a gente arruma uma mala, escolhe ali o que vai com você durante 10 dias, e você chega numa cultura completamente diferente da sua, você já chega...


Eu não gosto dessa palavra, mas eu vou te dizer.


A gente chega desarmado.


Ou seja, eu tô aqui pronta pra receber, eu não tô aqui pra trazer nada, porque eu estou indo na casa do outro.


Eu quero aprender como é que ele faz.


Só nesse momento, a experiência já aconteceu.


Porque eu já vou tendo um olhar completamente diferente.


É claro que eu faço uma curadoria.


Eu sei o que eu quero ter como cenário base, ou como plano base.


A gente tem um tema gerador.


Em cima desse tema, a gente vai trabalhando e vai tentando montar essas visitas, esses encontros nesse sentido.


O que a gente observa é que as mulheres têm muita facilidade, e aí é uma das diferenças do empreendedorismo feminino e masculino, as mulheres têm muita facilidade de adaptação.


Elas trocam as suas emoções muito mais fácil que os homens.


Os homens analisam o negócio do ponto de vista negocial mesmo.


Como é que ele se organiza.


As mulheres já olham do ponto de vista emocional.


Então, quando a gente vai para outro país, a gente consegue enxergar as nuances, os detalhes que podem fazer a diferença no meu negócio.


Eu vou te dar dois exemplos da nossa última viagem do Inspirando.


Eu vou te contar como é que funcionam as nossas viagens.


Basicamente, a gente se encontra em lugares diferentes do mundo.


Na última, que a gente chama de experience, é como se fosse a nossa grande viagem do ano, que é em março, no mês que a gente também comemora o Dia Internacional da Mulher.


Nós fomos no ano passado para o Marrocos, e eu fico feliz quando eu vou para um lugar que a maioria não conhece, porque é um olhar diferente.


E aí a gente foi para o Marrocos, e eu tive uma empreendedora muito forte do Rio Grande do Sul, que trabalha com... acho que é metalúrgica, se não me engano, é uma metalúrgica que eles têm.


Ela voltou, criou uma plataforma onde ela vai apresentar negócios de várias mulheres.


Então, ela montou uma plataforma, com também a ajuda do Sebrae, onde ela vai só vender produtos de mulheres, e produtos que tenham histórias interessantes.


Só que ela se inspirou através das conversas com o grupo, e no próprio grupo ela fez uma collab com uma outra empreendedora que faz roupas na Índia.


E as roupas da Índia são feitas em uma fábrica só de mulheres, que não existia, e que essa empreendedora negociou com o dono da fábrica que fosse contratando mulheres, então as roupas são feitas só com mulheres, com sedas recicláveis.


Então tem toda uma história.


E ela está hoje divulgando essa plataforma para várias mulheres.


Então, é uma questão real.


Uma outra que eu acho fantástica, que é uma designer de joias muito famosa no Brasil, e que faz coleções incríveis, e ela vai lançar a coleção Marrocos agora, em março, que ela se inspirou no Marrocos.


E eu quero te dizer que eu conheço ela há muitos anos, eu sei do potencial, acompanho, uso a marca dela, e eu nunca vi uma coleção tão linda, porque ela tem toda aquela essência.


Ela se inspirou, não tem nada a ver com o Marrocos, as joias, não é cópia do que ela viu, é uma construção do que ela sentiu.


Então, estou te dando só esses dois exemplos.


Aliás, vou te dar mais um, porque eu adoro contar histórias.


Nós temos várias empreendedoras que, a partir do Inspirando, começaram a dar palestras, a contar a sua história para outras mulheres, porque a base do Inspirando é o protagonismo feminino.


E quando eu falo protagonismo, é porque eu quero que elas se sintam as responsáveis pela vida.


Então, o Inspirando não é um programa que é olha, fulana de tal é dona do Inspirando.


A gente não tem donas.


A gente faz tudo junto, a gente decide os temas juntas, a gente monta juntas, a gente decide até o preço juntas.


Porque a gente sabe que nós temos um teto, a gente pode gastar até tanto.


Então, o que a gente consegue fazer dentro desse budget que a gente tem?


Então, a gente vai incluindo.


E quando a gente precisa aumentar esse budget, também é decidido.


Então, é muito interessante.


É um programa muito colaborativo.


Isso eu acho que é bem importante.


Não é muito, ele é colaborativo.


E qual é a agenda programada para 2024?


Então, 2024 a gente vai ter em março, nós estamos indo para a Índia.


E esse também é um case maravilhoso, porque a gente foi para o Marrocos em março do ano passado, e a gente estava entre duas cidades, dois destinos.


Ou a gente iria para o Japão, ou a gente iria para a Índia.


Então, na volta, eu fiz uma curadoria do que eu sei que era importante para elas, e apresentei uma proposta de Índia e de Japão.


Então, a gente decidiu que a gente ia para a Índia.


E eu, então, montei essa parte que eu te falei, que é a curadoria com as experiências culturais, e mostrei o preço final de quanto tinha ficado.


Beleza, beleza?


Aí eu falei, olha, gente, a gente tem um grupo que já viajou com o Inspirando.


Essas mulheres, elas renovam, elas vão muitas vezes.


Eu falei, gente, de segunda a sexta, estou aqui para tirar todas as dúvidas de vocês.


No sábado, eu vou colocar esse produto à venda, porque o Inspirando tem vários produtos para as pessoas, se fizer sentido, elas vão optar por eles.


Eu não consegui abrir para venda o grupo da Índia, porque na sexta-feira a gente tinha 40 inscritas e 20 na lista de espera, somente do grupo que já viajou com o Inspirando.


E isso foi em maio do ano passado.


Olha só, a gente vai viajar agora em março.


Com um ano de antecedência.


Com um ano de antecedência.


Então, o Inspirando, ele já faz parte da agenda das mulheres.


Elas sabem que naqueles momentos, naqueles encontros elas querem fazer parte, elas sabem qual é o conteúdo e elas se programam dentro do seu trabalho.


Então, a gente tem esse programa em março, tem um antes, que agora vai ser em fevereiro, que também já está adotado, que a gente vai fazer uma viagem de motorhome pela Espanha, que se chama IME Pelo Mundo, na verdade é um piloto para a gente fazer o ano que vem com várias mulheres.


Dessa vez a gente vai só com um motorhome para a gente sair daquela questão de ficar em hotel.


Não, a gente vai dormir, acordar, pesquisar e vamos visitando empreendedores.


Vai ser agora em fevereiro, mas é um piloto e a gente vai também fazer um documentário e contar um pouquinho dos cinco anos do Inspirando.


Março nós temos Índia, depois nós vamos no aniversário do Inspirando, que é em junho, que começou em junho de 2019, nós vamos para o México, eu estou indo para o México a semana que vem, porque no México a gente vai trabalhar muito a questão da história da Frida Kahlo.


Por que a Frida Kahlo?


Porque lá na década de 50, muito antes que isso, na verdade na década de 50 ela já morre, ela foi uma mulher extremamente revolucionária, em cima dessas questões que a gente acha que são importantes, que é a questão do protagonismo, que é os desafios, trabalhar com os desafios.


Eu não sei se você sabe um pouquinho da história da Frida, mas a Frida teve problemas de saúde, problemas de coluna desde sempre, e ela passou por cima disso, ela era autodidata, o pessoal falava que ela era surrealista, mas na verdade ela dizia que ela não era surrealista, que na verdade ela pintava o que ela via.


Como ela ficava muito tempo na cama, sem poder se mexer, e no final da vida ela ainda teve as pernas amputadas, ela fazia autorretratos.


A Frida é aquela que tem a monocelha, que todo mundo sabe que tem a monocelha.


Então ela criou todo um novo movimento em cima da própria história dela, mas não com vitimismo, mas do tipo, eu consigo fazer alguma coisa nova.


E nesse Intremear, ela teve um caso de amor tórido por Diego, e ali também ela fala sobre como para ela era importante o sentido, independente do que uma sociedade impunha na época.


Então a gente vai contar um pouco da história da Frida, nós não vamos fazer a costa do México, que todo mundo fala, quando fala México o pessoal pensa na costa, a gente vai fazer o contrário, a gente vai para cidades que não são muito visitadas, a gente vai para São Miguel de Alende, a gente vai fazer o México colonial, para entender um pouco mais dessa essência de onde Frida se inspirava, que é uma forma de a gente entender de onde eu posso tirar as minhas inspirações, que eu não preciso ir para um lugar super badalado, eu posso tirar as minhas inspirações exatamente aqui onde eu estou.


Certamente.


Que é lindo.


Em junho a gente tem a comemoração dos cinco anos do Inspirando, que será no México, depois nós teremos em agosto um encontro, uma jornada no Brasil, que vão ser convidadas mulheres de expressão portuguesa, então são nove países, vai ser na Bahia, na Praia do Forte, e a gente vai trazer empreendedoras de outros países que falam português, de expressão portuguesa, porque quando você abre as fronteiras, a melhor coisa é você poder se comunicar, então vamos nos comunicar com as nossas co-irmãs de idioma, e tem muita coisa bacana.


E por que também com elas?


Porque a gente tem um programa que será em setembro, é a terceira edição, já foi feita em Milão, já foi feita em Paris, e esse ano será feito em Londres, que é um programa que se chama Cool Ranking, que na verdade é...


Cool Ranking quer dizer que é um caçador de tendências, né?


Então a gente vai... sempre esse programa nos faz olhar um pouquinho para os próximos cinco, dez anos.


A gente in loco faz essa pesquisa.


E no final do ano, voltamos para o meu Rio Grande do Sul, sou gaúcha, voltamos para o meu Rio Grande do Sul para fazer no dia 19 de novembro, que é o Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino, um grande encontro nas missões.


E de novo é uma ligação entre cultura, entre história de mulheres muito protagonistas, apesar de não muito divulgado, que é o Rio Grande do Sul.


Então a gente vai fazer um inspirando do Mercosul.


Então convidamos os países do Mercosul.


Então todos os programas do Inspirando, eles são internacionais.


Só que dois deles vão acontecer no Brasil.


É uma agenda intensa em 2024, né?


A evolução, ela é uma constante no mundo dos negócios, talvez um pré-requisito ao empreendedorismo de sucesso.


Como o Inspirando Mulheres Empreendedoras evoluiu desde a sua concepção?


E como você vê o programa se adaptando às mudanças na sociedade e na economia nos próximos anos?


Levando em conta que tu mencionaste sobre o co-hunting, que é a pessoa, o profissional que avalia comportamento e social e constrói cenários futuros.


Como é que o Inspirando Mulheres Empreendedoras vai evoluir nos próximos anos considerando esse cenário?


A gente observa, por exemplo, através do co-hunting, o co-hunting é como se fosse uma base de pesquisa para o próprio Inspirando, né?


Através do co-hunting, a gente está vendo a importância da sustentabilidade, a importância das comunidades que estão muito fortes, das trocas.


Então a partir desse programa do co-hunting, a gente também está decidindo os próximos destinos que a gente se encontra e vê o que a gente quer ver.


O mundo, por exemplo, tem olhado muito para o Hemisfério Sur, em questão da criatividade, do reaproveitamento dos materiais, então a gente também está fazendo isso dentro do Inspirando.


A outra questão, que é a questão financeira, porque o Inspirando é um movimento que ele precisa, ele tem um budget que ele precisa ser cuidado, né?


A gente percebeu, por exemplo, que os programas, quando são feitos no Brasil, eles são programas que a gente tem muita dificuldade de implementar esse programa financeiramente falando, porque ele cai numa vala comum, que é esse momento pós-pandemia, onde nós temos muitos palestrantes digitais e muitas imersões e muitos empreendedores de palco, como eu falo, que estão ensinando a empreender sem nunca ter tido um negócio na vida, né?


Mas aí a gente começa a entrar numa concorrência, né?


Então, no último Inspirando Nacional, que foi em Santa Catarina, a gente teve essa discussão dentro do Inspirando, onde a gente percebeu que o Inspirando Nacional, ele tem muita dificuldade de ser colocado em pé, porque a gente concorre, a gente precisa de patrocínio, a gente precisa que as pessoas estejam presentes, e ele concorre com um grupo que tem ofertas diferentes da nossa, né?


E eu sou uma pessoa, eu particularmente, tenho alguma dificuldade com palestras, porque eu gosto da experiência, né?


Então, a gente decidiu que o Inspirando, na sua base, ele é internacional.


Então, por isso que tantos dois programas de 24 que vão acontecer no Brasil não são nacionais.


Vou te dar um exemplo concreto do que eu estou te dizendo.


Eu te falei que Índia foi um programa onde nós inscrevemos todos os 40 participantes em maio de 2023.


Se eu te disser, estamos em janeiro agora, se eu te disser que nós teremos um Inspirando Mulheres Empreendedoras no Rio Grande do Sul em fevereiro, você vai deixar para se inscrever em fevereiro, e provavelmente no dia do programa, ou na semana do programa, vai ter alguma coisa que você vai ter que resolver, e você vai dizer, não, eu vou no próximo.


Então, essa é uma questão básica.


Quando o acesso é muito fácil, você não se prioriza.


Agora, para ir para a Índia, que você vai demorar 24 horas para chegar, você tem que ter uma organização, tanto para sair da empresa, você vai mais dias fora da empresa, você vai ter que fazer um investimento financeiro mais alto.


Então, uma das adaptações do Inspirando é, se eu quero que as mulheres estejam inteiras, realmente inteiras nessa pesquisa, eu tenho que tirar elas de casa.


Isso já é uma diferencial do Inspirando.


Interessante que tu mencionaste sobre o valor da experiência.


Alguns anos atrás, eu era designer de calçados, e tinha a minha marca de calçados de dressing shoes, sapatos para ocasiões especiais.


E dado essa natureza, o salto tinha uma representação estética muito relevante nas minhas coleções.


Na época, eu fui convidado, por várias ocasiões, para falar sobre o processo de construir aquela expressão estética e como é que eu construía, como é que era o meu olhar sobre isso.


Porque o meu estudo era diretamente focado no comportamento e nas percepções das mulheres.


Então, esse conteúdo, essa palestra, na época, eu chamei de A Estética do Poder, que era justamente a forma com que eu estudava, elaborava e construía uma coleção, potencializando aquilo que essa mulher já tinha, muitas vezes não expresso.


Mas isso desencadeava realmente uma reação muito interessante.


E eu tive experiências incríveis em lançamentos de coleções, em boutiques, no Brasil inteiro, algumas, inclusive, no exterior, em que algumas mulheres compravam uma sandália, por exemplo.


E, na época, eu utilizava os cristais Swarovski, que era um patrocinador da minha coleção, vou chamar assim.


E teve uma ocasião que a mulher disse, olha, Maurício, eu tenho uma sandália que eu comprei, sei lá, há dois anos, e eu nunca usei essa sandália, porque a ocasião ainda não mereceu aquela experiência ou essa sensação que ela me traz.


Então, o valor da experiência não é necessariamente o uso ou a prática de algo, mas a sensação que te traz.


Aquilo que te...


Exatamente.


Que projeta em ti alguma emoção, alguma reação, algum pensamento, sobretudo positivo.


Olha só que importante você ter dado esse exemplo do sapato, porque logo que eu comecei a empreender sozinha, logo que eu fiquei viúva, uma das coisas que me chamava a atenção era que, quando eu ia para uma reunião, que eu tinha que me impor de uma forma que eu ainda não tinha feito, a primeira coisa que eu fazia era escolher o sapato.


Eu escolhi a roupa pelo sapato, porque eu tinha que usar um salto muito alto.


E olha que eu sou uma mulher muito grande, eu tenho 1,75m.


Então, 1,75m mais uns 10cm de salto, eu já chegava com 1,85m, eu já impunha uma certa...


Certamente.


Olha, deixa eu explicar, o negócio aqui vai ser um pouquinho mais difícil.


Isso era uma forma que eu tinha de também me sentir segura.


E o sapato me transportava, me trazia essa experiência, que é a experiência do poder, eu acho.


Essas coisas de dizer, olha, eu estou aqui sendo realmente protagonista da minha história, e vamos ver como é que a gente consegue resolver isso.


Então, eu percebia que quanto mais desafiadora da minha reunião, mais alto era o salto.


E hoje é incrível, porque isso também o Inspirando me trouxe, essa caminhada toda.


E acho que também a pandemia.


Acho que a pandemia teve uma mudança muito grande nessa questão do conf, do confortável.


Eu acho que faz uns cinco anos que eu não uso mais salto.


Essa tua experiência é uma expressão da estética do poder.


É onde não estamos falando de funcionalidade, mas de uma palavra, um termo que alguns anos se utiliza, que é a questão do empoderamento.


Mas, enfim, nada mais é do que expressar o valor ou aquela potência, mencionaste potência no início, que nos eleva.


Aí vem Aristóteles, que a grande potência do humano é explorar, incentivar as suas próprias virtudes.


Então, quando a gente percebe isso, é porque a gente está trazendo as nossas virtudes à tona.


Por trás de...


Você falou duas palavras que eu queria só fazer um comentário com você.


Quando eu te falei isso, eu vi algumas que eu vou trocando.


Eu adoro trocar palavras.


Eu falei que eu troco o network por netweaving.


E eu também troco muito o empoderamento.


Eu não uso essa palavra empoderamento.


Eu troco por protagonismo, porque, para mim, o empoderamento tem a ver com o poder sobre alguém.


E eu busco não ter isso.


E uma outra coisa que eu falo muito, que é a questão do sucesso.


Eu vejo as pessoas se cumprimentando, e dizendo, olha, sucesso aí, sucesso, sucesso, sucesso.


É uma obrigação do sucesso, não é, Maurício?


E aí, se você me perguntasse há dez anos atrás o que era sucesso, com certeza, para mim, sucesso, eu estava falando sobre o dinheiro, sobre questão financeira.


Ter sucesso era adquirir bens.


Hoje, eu continuo querendo adquirir, mas o meu sucesso é sobre pessoas.


Eu quero adquirir cada vez mais relacionamentos, cada vez mais aprender com as pessoas, eu quero cada vez mais ouvir elas.


Eu quero cada vez mais mudar de opinião.


Então, eu acho que antes, o sucesso, para mim, era ser firme.


Hoje, é não ser firme.


Hoje, o que eu quero é mudar de opinião.


Eu acho isso maravilhoso, né?


Que é a questão da plasticidade, na verdade, da ação, do cérebro, das relações.


A gente tem falado muito sobre neurobusiness no Inspirando.


Isso também é uma evolução do Inspirando.


A gente tem falado muito sobre isso, sobre como é que a gente encara essa mudança toda do mundo, e como é que a gente está se preparando para conseguir velejar pelas mudanças.


Acho que é muito importante.


Desculpa te interromper, te interrompi no meio da tua frase.


Sem problema.


O sucesso está relacionado diretamente ao propósito que cada um tem.


Quando ele é exclusivamente direcionado a bens materiais, é muito provável que o propósito ainda não esteja claro para essa pessoa.


O que não é incomum, porque é uma grande dificuldade de identificar, na verdade, qual é o propósito de vida.


Uma das grandes questões da humanidade.


De onde eu vim, para onde eu vou, e por que eu estou aqui.


No meu livro, Árvore da Marca, que trata da construção do branding, ele também se propõe a um branding, a identificação do branding pessoal, que é a construção de uma leitura clara de qual é o propósito de vida, a missão e a sua visão.


Eu considero a missão como ponto A, ponto de partida, a visão como ponto B, o ponto de chegada.


E quando se tem esse propósito claro, o sucesso é condicionado a esse propósito.


O meu propósito de vida está, inclusive, no meu livro, em ter uma vida próspera e harmoniosa, em busca de conhecimento e significado.


Então, tudo que está relacionado ao significado das coisas da vida, das relações, e tudo que está relacionado a conhecimento, e aí o mérito do PodPrint é talvez um dos melhores meios que eu encontrei para aprender com uma diversidade de pessoas, de inteligências, como o teu caso.


E compartilhar esse teu aprendizado, além de aprender, tu já está compartilhando.


Certamente, aí impacta muitas pessoas.


E o compartilhar...


Sabe que esse compartilhar perpassa por uma ideia de propósito que eu tenho, que, para mim, propósito é aquilo que eu vou dar para os outros, aquilo que eu vou entregar do melhor de mim.


Então, eu acho que quando você fala sobre conhecimento e que você compartilha, porque quando a gente termina de ouvir o teu podcast, a gente está se questionando sobre um monte de coisa, eu acho que esse é o bacana da história.


Isso é fundamental, é você não ficar adquirindo currículo, mas sim compartilhando conhecimento.


Certamente.


Isso é sucesso para mim.


O propósito do PodBrand é exatamente a minha missão de vida pessoal, ajudar as pessoas a alcançar a sua melhor versão.


O episódio que encerrou 2023, eu convido a todos que assistam, foi incrível, com a Maria Alice Medina, uma das criadoras, com o ex-marido Roberto Medina, do maior festival de música do planeta, que é o Rock in Rio.


E a história dela é incrível, desde a concepção do Rock in Rio, como foi todo esse processo, a importância dela do lado do Roberto Medina na época, a força que ela trouxe, muitas vezes nos bastidores, mas que foi determinante para que saísse efetivamente esse projeto, mas sobretudo sobre a vida dela posterior.


Ela inclusive tem um livro que é do Rock a Compostela, ela é uma consultora do caminho de Santiago, ela já fez 14 vezes, por várias rotas diferentes, o caminho de Santiago de Compostela, e ela traz essa experiência de uma maneira tão linda, então eu recomendo a todos que assistam, é uma experiência de vida, de empreendedorismo e de lição mesmo, de vida maravilhosa.


Você sabe que a Roberta, filha deles, filha do Roberto, ela esteve conosco em Portugal, a gente fez uma grande cerimônia, uma celebração no Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino, em 2021, 22, e a gente fez em Portugal, e a Roberta veio participar com a gente, foi uma das nossas palestrantes, também a gente tinha mulheres de países de expressão portuguesa, e ela então veio representar o Brasil, ela mora em Lisboa hoje, e a gente fez esse evento em Lisboa, e a Roberta é um encanto, porque ela conta toda essa história que faz parte da história do Brasil, e hoje também faz parte, o Rock in Rio faz parte da nossa história, da nossa trajetória cultural, e do jeito que ela conta é muito bacana, muito interessante.


A família Medina é uma família que faz parte da história do nosso país, da história recente do nosso país.


E mais uma pretensão do Inspirando, que eu acho que a gente precisa construir a história, e não só ouvir sobre.


Então, a partir do momento que você vai fazendo, que você vai construindo, você vai se inspirando, vai se conectando, você está construindo um novo momento.


Então, eu tenho consciência de que o Inspirando, nos últimos cinco anos, tem feito parte da história de muitas empreendedoras, que estão juntos, e de muitas outras que não têm a possibilidade de ir para os encontros por uma série de fatores, mas que nos acompanham através das redes sociais, e que também estão fazendo essa construção juntos.


Então, quando a gente fala de história, não é só sobre o passado, mas sobre o nosso presente, o nosso passado recente, e entre eles, a família Medina, uma família extremamente importante para o Brasil.


É, certamente.


A Roberto me parece que é a atual presidente do Rock in Rio Brasil e Europa.


Ela é incrível.


Deixa eu apresentar ela.


Muito bem.


Por trás de cada grande projeto, existem histórias de sucesso, que nos emocionam, nos inspiram.


Poderia nos contar sobre algum caso de sucesso que te emocionou particularmente, onde alguém que tenha participado dos eventos do IME, por sua vez, causou um impacto significativo empresarialmente e também na comunidade que ele estava inserido?


Olha, nós ouvimos muitos casos incríveis, e isso eu gosto muito.


Em um dos, inspirando, que a gente fez, que foi em Portugal, não sei se você já ouviu falar da fábrica Borel, o nome da fábrica.


Não.


É uma fábrica de lã.


Então, o que essa empreendedora fez?


No interior de Portugal, os pais tinham uma terra, moravam numa cidadezinha, daquelas que os filhos foram indo para a cidade e acabou a cidade.


Só ficaram os remanescentes.


E ela, então, voltou para essa cidade, reativou uma antiga fábrica, capacitou os netos dos antigos e colocou essa fábrica para funcionar.


A gente falou antes de design, depois você dá uma olhadinha sobre isso.


Hoje eles fazem vestuário, decoração, design de lã, e ela tem muitos prêmios.


Então, ela trouxe de volta, é como se ela repovou uma cidadezinha a partir do empreendedorismo dela.


Então, ela juntou famílias, trouxe os netos, os filhos, e todo mundo está empreendendo junto.


Então, isso, para mim, foi uma coisa que mexeu muito comigo.


E eu vejo, por exemplo, no Rio Grande do Sul, a gente já fez um inspirando mulheres nas missões, que foi em 2022, a gente fez nas missões.


E eu fiz por um momento pessoal meu, o meu pai estava muito adoentado, estava já se despedindo da gente por aqui, e eu também queria ficar mais próxima.


E eu fiquei, então, durante o mês todo, me dividindo entre organizar o inspirando e fiquei com ele no hospital, enfim.


E foi tão interessante, porque depois desse inspirando, muitas das mulheres que participaram também foram porque me conheciam na infância.


Sabe aquela coisa?


A gente vai se encontrar com a Luciana.


Ainda não tinha uma percepção sobre o que é que eu estava levando em termos de conhecimento.


E casualmente, ontem, uma grande amiga que estava no primeiro inspirando, disse assim, escuta, quando vai ser o próximo?


E eu falei, esse ano a gente vai ter mais um, só que dessa vez internacional.


Ela disse, você não tem ideia de quanto o inspirando inspirou mulheres da região toda a criar os seus próprios movimentos, a se encontrar, a debater.


E aí ela disse, nós estamos, inclusive, com várias cidades, é como se fossem mini inspirando, sabe?


Que as pessoas começaram a perceber a importância que é a gente dar uma parada, conversar, ter os temas, decidir algumas coisas.


É quase uma formação de políticas públicas sem a chancela de ser pública.


Mas é uma política pública, né?


Porque quando a gente juntas decide que primeiro a gente precisa olhar para dentro para depois conseguir estar inteira no nosso negócio, na nossa família, é uma política pública.


O impacto que isso gera é muito grande.


Ele reverbera via os negócios, via geração de emprego, via economia de mercado, enfim, isso gera.


E também o efeito que isso gera nas famílias positivamente.


Eu ia te falar sobre isso.


Inclusive, nós temos um amigo comum, o Ari Fokin, que foi já um palestrante do Inspirando, aonde ele trouxe para a gente a importância das empresas familiares.


Porque você sabe que a grande maioria das empresas femininas, elas passam por esse viés do familiar.


Muitas vezes elas começam o segundo negócio, ou é para complementar a renda familiar.


Nem sempre a mulher começa a empreender como homem.


É aquilo que eu te disse.


Ela demora mais para decidir, porque ela vai pela emoção, ela começa a estudar mais, ela demora para se sentir pronta para abrir o seu negócio.


Mas eu li uma pesquisa recente, queria te contar isso, eu estou mudando de assunto, né?


Uma pesquisa recente que diz que um dos grandes incentivadores das mulheres é o próprio companheiro.


Olha que interessante.


Primeiro que eu não tinha essa percepção.


E se a gente fosse conversar, pode ser que não viesse esse dado para a gente.


E eu achei isso muito importante.


E olhando um pouco as novas gerações, e vou dar de exemplo, por exemplo, o meu filho que casou há pouco, eu vejo ele e a mulher falando sobre empreender, sobre o negócio, não é mesmo uma medida.


E isso é muito bacana.


Que já não acontecia com o meu marido.


A minha conversa com o meu marido foi assim no começo.


Olha, quem ganhar mais tem o direito de escolher para onde vai.


Porque a gente tinha profissões diferentes e eu acabei acompanhando ele, porque ele era do mercado financeiro, a gente mudou muito de cidade.


E eu acompanhei por essa decisão de quem ganhar mais.


Eu duvido que hoje meu filho e a minha nora tomem essa decisão.


Eles vão juntos.


Entende?


Isso é uma coisa de construção mesmo.


De construção.


Isso resulta lá no empreendedorismo.


É incrível isso.


Bom, a gente fica aqui o resto do dia falando, Maurício, que é um tema que a gente se apaixona.


Porque uma coisa vai puxando a outra.


E uma coisa que eu queria te falar, que é o que mais me motiva no empreendedorismo, é o seguinte.


Ele tem duas características básicas.


Ou eu estou empreendendo porque eu quero empreender, ou estou empreendendo por uma necessidade de empreender.


E nessas duas possibilidades eu posso fazer trabalhos encantadores.


Que é diferente, por exemplo, de você ser um executivo.


Porque quando você é um executivo, você entra para um negócio que já existe, que já tem um...


Por melhor que você seja, como profissional, você sempre tem uma linha já de condução.


Quando você empreende, você tem a possibilidade de criar do zero.


Então, para mim, a criatividade é uma coisa muito importante.


É muito estimulante.


Iniciamos agora, Luciana, o Pinga Fogo.


São três perguntas que eu faço a todos os convidados e que estimulam aquilo que a gente tem de mais introspecto em relação a estes temas.


Primeiro, quais são as virtudes do empreendedor de sucesso?


Eu acho que é curiosidade.


Curiosidade, para mim é...


Se você não é curioso, você não vai adiante.


Porque o empreendedor, ele vai sempre querer resolver alguma coisa.


Ou alguma coisa da vida dele ou da vida dos outros.


Ele tem que ser curioso.


Ele vai buscar esse conhecimento.


Porque quando você empreende, você está criando alguma coisa.


Se você não é curioso, você não traz nada novo.


O que diferencia os sonhadores dos fazedores?


Um movimento.


Totalmente.


Porque uma coisa é você pensar.


Eu posso pensar, estudar, montar um business plan, fazer um trabalho maravilhoso.


A outra coisa é você ir lá e fazer, e avaliar, e voltar atrás, refazer.


Não que você não precise dessa parte toda da preparação.


Você precisa.


Mas tem gente que nunca chega lá.


Tem aqueles eternos estudantes, aquele cara que tem um conhecimento incrível, mas ele não consegue colocar na prática.


Porque ele não faz o movimento.


Então, eu acho que para empreender, você tem que fazer o movimento.


E a última, o que é design?


É uma coisa maravilhosa.


É uma construção.


Quando você tem essa curiosidade, e você alia a ela à sua criatividade, e você desenha algo novo.


Porque o novo só existe porque por trás desse novo teve uma pessoa que fez um design diferente, que pensou que existem formas diferentes de olhar o mundo, de andar pelo mundo, de viver essa vida.


Nem tudo está pronto.


Tem muita coisa para a gente construir ainda.


Certamente.


Entramos agora, Luciana, em uma das sessões mais apreciadas, que é a indicação de leituras.


Quais livros impactaram a tua trajetória?


Muitos, muitos.


Mas, olha, eu até separei.


Eu trouxe aqui porque eu sabia que você ia me perguntar isso.


Excelente.


Eu acho que a minha essência está nesse livro do nosso grande amigo Ferreirinha, que é um cara que consegue falar sobre a experiência.


Que fala assim, o paladar não retrocede.


Que é do Carlos Ferreirinha, que é um grande nome.


Eu não acho que o Ferreirinha fale de luxo.


Eu acho que ele fala da experiência.


Do design.


Eu acho que o Ferreirinha é um grande designer.


O Ferreirinha, quando ele fala que o paladar não retrocede, é porque quando você expande, você não consegue mais voltar para o teu tamanho original.


Ontem eu estava ouvindo um podcast.


Se eu não me engano, o nome dele é Rodrigo Ubner.


Foi um podcast junto com o Pedro Bial.


E que ele dá uma explicação sobre resiliência.


Porque ser resiliente é conseguir voltar ao estado original.


E aí ele deu exemplo de produto, por exemplo, uma mola de carro.


O Ferreirinha nos diz o contrário disso.


O Ferreirinha não fala da resiliência.


Ele fala da plasticidade.


Ele fala o que a gente consegue fazer de diferente.


Enfim, o livro, cada página, é para você fazer assim, quadros pela casa e ler todos os dias.


Eu acho fantástico.


Eu acho que é imperdível.


A biografia do Abismo, eu ainda não li.


Esse livro, quem me deu foi meu filho agora no Natal.


Meu filho mora em Dubai.


E a gente conversa muito sobre questões políticas.


Porque ele vive nos Emirados, que tem uma visão política completamente diferente da nossa visão política.


Então a gente conversa muito sobre isso.


E aqui fala muito sobre a polarização.


Quando a gente fala sobre política, é sobre a polarização.


Porque parece que quando a gente fala sobre política, a gente tem que escolher um time de futebol.


Ou eu sou isso, ou eu sou aquilo.


E política não é isso.


Política é justamente a arte de trazer mais gente para compactuar as suas ideias.


É aprender novas ideias.


Esse é o meu ponto de vista.


Então eu acho que é um livro muito bacana.


Se chama Biografia do Abismo.


Que é do Felipe Nunes e do Thomas Traumann.


Me surpreendi com esse livro.


E este aqui também me foi dado, me foi enviado pelo meu filho.


Depois que nós tivemos uma conversa muito séria no final do ano.


Sobre sedentarismo.


Sobre saúde mental.


Eu tenho 56 anos.


Sou uma apaixonada por tudo que tem na mente.


Mas nada apaixonada pelo corpo.


Então se você perguntar se eu quero caminhar, se eu quero ler, obviamente eu quero ler.


Então eu sou sedentária.


E eu sou uma postergadora.


Amanhã eu vou, amanhã eu vou.


Ele falou, mãe, isso está ligado com a saúde mental.


Aí ele me mandou o livro do Drauzio Varella, que começou a ocorrer aos 50 anos.


Então, Maurício, quem sabe depois de eu ler esse livro, eu vou fazer uma maratona.


Não sei se eu vou chegar tanto, mas se você me disser que a maratona, como ele me disse, em novembro tem uma maratona em Valência, eu já vou aprender a correr, que é para ir para Valência e encontrar com ele.


Não é a corrida em si, mas enfim.


Me disse ele que esse livro do Drauzio é um livro muito apaixonante.


Então eu indico esse livro.


E mais alguns outros, que depois eu posso mandar uma lista, que eu acho que é sempre interessante, que é a mesma coisa quando a gente vê séries na TV, que eu também não tenho muita paciência para séries, mas eu amo filmes biográficos.


Eu fico pensando que é questão do design.


Como é que eu não pensei nisso antes?


Olha, dá para fazer dessa forma, dá para fazer diferente.


E é isso, adoro ler.


Eu sou uma leitora quanto mais.


Muito bem.


E para facilitar o acesso de todos, nós disponibilizamos os links destes livros diretamente na descrição.


Além disso, eu convido vocês a explorarem a nossa sessão livro no site podbrand.design.


Lá reunimos uma coroadoria com mais de 250 livros recomendados por nossos convidados.


Não deixem de conferir.


O link também se encontra aí na descrição.


Eu tenho agora a pergunta da minha convidada anterior, que é a Maria Alice Medina, que é autora e filântropa.


E que esteve no Podbrand na última edição de 2023.


E ela formulou esta questão, Luciana, sem ter ideia de que seria você a nossa próxima convidada.


E te digo que me causou muita surpresa a pergunta dela.


A pergunta é, por que você aceitou conversar com Maurício no Podbrand?


Eu aceitei porque eu sou uma kamikaze.


Eu sou aquela pessoa que quando tem medo de alguma coisa aceita o desafio.


E eu tinha muito medo de participar deste teu podcast porque eu te acho um cara sensacional.


Porque você tem uma coisa que você fica prestando muita atenção nos seus convidados e você pega aquela essência do cara ali e dá uma esmiuçada maior.


Eu digo, cara, não vou dar conta de falar com esse cara.


Vou cancelar esse podcast.


E aí eu fiquei pensando, não.


Vamos embora.


Se der medo, a gente vai com medo mesmo.


Então eu adorei ter vindo aqui.


Ficaria um dia conversando com você, de verdade.


Porque eu acho que quando a gente consegue trocar e consegue passar por cima dos medos, de verdade, tive bastante receio de conversar com você pela admiração que eu tenho.


Viu, Medina?


Tô aqui, firme e forte.


Sobrevivi.


I am survived.


Muito obrigado, Luciana.


É uma honra te ter no Podbrand.


Certamente está à altura de todos os nossos convidados.


E se você pudesse fazer uma única pergunta ao nosso próximo convidado, qual seria?


Eu vou torcer para que o próximo convidado seja um homem.


Porque eu quero saber o seguinte.


Quando você pensa em empreendedorismo, quando a gente fala sobre empreendedores, você pensa num homem ou numa mulher?


Interessante.


Interessante, é.


Instigante a pergunta.


Merece a reflexão.


Quero ouvir a resposta.


Ok, Luciana.


Eu fico extremamente feliz de ter aceito o convite, de ter trazido toda essa experiência do teu projeto, que é maravilhoso, inspirando mulheres em empreendedoras, construindo e potencializando mulheres a economia de mercado, a criação de novos negócios, e congregando essa expertise de todas, não só no Brasil, mas também no exterior.


Muito obrigado, fico muito feliz por estar hoje com a gente, de coração.


Eu espero que você diga que está me esperando em Bangkok.


Eu sou uma oferecida.


O que é isso, Bangkok?


É uma bela oportunidade de realizar um projeto lá, trazendo o South East Asia para o centro.


Bangkok realmente é o hub de criatividade e inovação do South East Asia, que são seis países obviamente que a Singapura tem todo o protagonismo.


Eu fiz o meu pós-graduação lá, inclusive.


Mas o Bangkok, ele tem uma propriedade que é única, não é só a língua Thai que se fala somente na Tailândia.


O comportamento e a forma com que as pessoas se relacionam é única no mundo.


E olha que eu já viajei bastante, somos contemporâneos.


E de fato é uma experiência, eu acho que imperdível.


Espero lá.


Quem sabe, eu inspirando de março de 2025, a gente não vai te visitar.


Excelente.


Muito obrigado.


Até breve.


Até breve.


Obrigada.


Obrigada pelo convite.


Este episódio nos levou para uma jornada inspiradora, destacando como o empreendedorismo não apenas molda negócios, mas também transforma vidas, comunidades.


A Luciana e seu trabalho no IME é um testemunho poderoso do impacto que podemos alcançar quando apoiamos e capacitamos mulheres e empreendedores.


Obrigado por compartilhar suas experiências e insights.


Espero que todos tenham a mesma alegria de ter escutado a Luciana quanto eu.


Eu convido a todos que acessem o site podbrand.design.


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Nos vemos no próximo episódio, aqui no Podbrand, o podcast do design.

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